Noite de quarta-feira, 11 de junho, estava sonhando com a perseguição de um bicho esquisito no jardim quando às quatro e meia da manhã um barulho seco me acordou. Ana acendeu a luz e desceu as escadas perguntando «o que você quebrou Sucrilhos?» antes mesmo de ver o que tinha acontecido. O lustre dos anos 40, trazido da casa da avó do Nicolas, todo em cristal, jazia, em pedaços, no meio da sala. Muito cedo para fazer o que quer que fosse, Ana voltou para o quarto chateada e eu fiquei pensando sobre a atitude da minha co-inquilina. Não que tenha me importado com a tal coisa brilhante que se espatifou no chão – sorte minha estar dormindo em cima do sofá – mas fiquei magoado com o julgamento precipitado dela. Em seis anos morando juntos nunca quebrei nada, já ela, Nicolas e Chloé destruiram copos, pratos e brinquedos, tudo sem querer, é claro. Incidentes sem importância, nada de grave, talvez por isso mesmo a facilidade para condenar. Tenho a impressão que os humanos são assim : acusam e depois verificam o que houve, é óbvio que nem todos agem desta maneira. Ana também não tem o costume de julgar antes de conhecer bem o fato, acho que é hábito de jornalista, mas às quatro e meia da madrugada nem eu penso direito, imagina a Ana. Ela agiu por instinto e como é humana a reação não poderia ter sido diferente. Na manhã seguinte, Nicolas decidiu levar o lustre a um restaurador, não sei quando ele volta para a sala, mas vou ficar esperando. Quem sabe quando ele chegar Ana lembre de me pedir desculpas pelo mau jeito, o que ela esqueceu de fazer logo depois da condenação injusta. Ahhhh…a natureza humana…
Texto do Sucrilhos, o Gato.
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