Domingo, dez horas da manhã. Pegamos a auto-estrada A51 em direção aos alpes. O termômetro marcava 29 graus.
Ao longo da estrada somos acompanhados pelo rio Durance e pelo clima mediterrâneo influenciado pela montanha, responsável por verões muito quentes e secos, em um dos locais da França mais sujeitos à tempestades no fim do mês de agosto.
Atingimos o nosso objetivo uma hora depois: Valensole, uma cidade antiga sobre uma colina, de onde podemos ver no alto, uma igreja em pedra e a sua fachada do século XIII. Mas o interesse desse local começa muito antes dos seus 570m de altidude, no planalto que circunda a cidade.
Entre os alpes do sul e a baixa-provence, o planalto é uma zona de transição entre as duas regioes, e tem a sua força no turismo, no artesanato e na agricultura, mais precisamente na cultura da lavanda e do lavandin, planta híbrida – criada à partir da união da lavanda e do aspic. Maior e mais resistente ao calor e à seca, o lavandin é muito usado para produtos de limpeza e de higiene por causa da presença da cânfora. 60% da producão nacional sai daqui, do planalto de Valensole. 98% desses campos coloridos de roxo são de lavandin.
A lavanda, muito mais exigente em relação ao clima só flore em lugares mais altos e frescos, o que corresponde a apenas 2% do território, por isso o seu perfume muito mais floral, adocicado, sutil, com propriedades calmantes, é bem mais caro.
Independente do valor de mercado de ou outro óleo essencial, ver essa paisagem em um cartão postal é uma coisa, outra muito diferente é vê-la pessoalmente. As filas feitas com as plantas redondas como grandes bolas roxas ganham terreno dos dois lados da estrada, em alguns trechos à perder de vista.
Aqui e ali o roxo é intercalado pelo dourado do trigo e verde das amendoeiras e oliveiras, mas as estrelas são elas, são pelas lavandas que os turistas param os carros nos acostamentos para um momento que desperta o melhor de cada sentido. Pena que não possa sentir o perfume, o barulho das abelhas, as “vuvuzelas” locais e muito menos experimentar o mel com gostinho de lavanda.
Mas não esqueça: esse passeio pela Provence, é um daqueles momentos únicos, inesquecíveis, que significam muito mais do que meia dúzia de sabonetes ou almofadinhas perfumadas, por que isso pode ser comprado em qualquer época do ano. Visitar o planalto de Valensole é como descobrir a beleza pela primeira vez, beleza que ultrapassa os limites do olhar e atinge em cheio a alma e caso queira fazer essa visita com a nossa equipe, basta entrar em contato.
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14 Replies to “Quando o roxo dá o tom: os campos de lavanda em Valensole, uma visita inesquecível”
14 julho 2010
Grandes Beijos,
15 julho 2010
Tô aqui recordando da minha viagem ano passado, ai que delícia, Ana!!!
Adorei as fotos de Valensole!!!
E qdo voltar pra Provença, a gente irá marcar um sorvete na praça com a família, Aninha!
beijos,
Adri Barudi
PS: Quando tiver um tempinho, vem me visitar no Carrossel de Sonhos, viu?! =)
15 julho 2010
ana, quando vier me traga um pezinho de lavanda.
ah! e um creme para as maos ,)
16 julho 2010
Que lindo!
Ainda vou conseguir ver essa belezura.
bjs
19 julho 2010
Estou adorando passear virtualmente pelos lugares que você mostra no seu blog e essa série sobre o período de floração da Lavanda, está me deixando com água na boca, muita vontade de pegar um avião e ir para aí. :)
Minha cunhada acabou de casar na Espanha e eu, inspirada por ela, ando pensando em casar em algum lugar que tenha plantações de lavanda. Eu tinha pensando na Patagônia, mas olhando as suas fotos, acho que tem que ser nessa região! Estou sonhando aqui! Você teria alguma dica de igreja pequena (só para a familia e meia dúzia de amigos) ou algum outro lugar que tenha uma vista para um campo de lavanda? Sou apaixonada por Lavanda, meu casamento seria de sonho se fosse em algum lugar assim!
Obrigada,
beijos
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