Les-Baux-de-Provence, o segundo monumento mais visitado na Provence

No guia Michelin ele tem três estrelas, o máximo que um local pode receber. E o vilarejo de Les-Baux-de-Provence vale cada uma delas. Do castelo que se mistura à rocha de 900m de comprimento e 200m de largura não resta muita coisa – uma cave aqui, um pedaço de escadaria mais embaixo, volumes imensos à céu aberto, um afresco lá –  apenas a história de uma das famílias feudais mais poderosas da região na época.

A animação em Les-Baux-de-Provence começa em abril com as Medievales: mercados, produtos, música, e outras atividades inpiradas na Idade Média como o tiro ao arco, atraem 1,5 milhões de turistas a cada ano.

Para escapar dessa multidão os melhores períodos de visita são a primavera e o outono, infelizmente não há como escapar de uma caminhada longa – e para alguns árdua – do estacionamento até o alto da colina.

Esquecemos o cansaço assim que o passeio começa. Subir as ruas estreitas e admirar a cidadezinha é um prazer. Entre fornos públicos onde a população fazia os pães, igrejas do século XVII e ruas escavadas na rocha, existem lojinhas de produtos provençais, que brigam pela sua atenção usando o que a cidade tem de melhor: a própria cidade com as suas casas de pedra, enfeitadas com cuidado em universos muito particulares.

Esqueça as vitrines em vidro, por aqui, as lojas são autênticas, mas atenção para não se deixar enfeitiçar durante muito tempo ou vai perder a visita ao castelo. Ou para ser mais honesta com você, às ruínas do castelo. Apesar da sua reticência para pagar a entrada,  posso lhe garantir que o que vemos lá dentro merece ser visto. Para as crianças funciona como uma divertida aula de história ao vivo, para os mais curiosos participar do tiro à catapulta pode ser uma experiência a mais para contar no fim das férias ou simplesmente para quem quer admirar a paisagem a vista do alto do donjon é magnífica.

Eu sei que é pedir muito para guardar algumas horas para ver outra coisa, mas terminado o passeio, dê um pulo na Carrières de Lumières, onde a natureza criou um lugar sob medida para a exposição de obras de arte. Um espetáculo que merece tempo para ser sentido e apreciado deixando as lágrimas de emoção rolarem sem inibição. E para quem se pergunta qual é o primeiro monumento mais visitado na região a resposta é o Palais des Papes em Avignon.