O meu segundo filho – Théo – chegou com 3.670Kg e 51cm de parto normal

Ele se fez esperar durante nove meses. Até o último dia.
E ainda precisou de 13 horas de trabalho de parto para dar o ar da graça.
Théo, 3.670Kg e 51cm, chegou no dia 3 de agosto às 5h da tarde na maternidade do Hospital de Aix-en-Provence. O cordão enrolado no pescoço, a cabeça mal-posicionada, o bom peso e a bacia estreita da mamãe deram muito trabalho à equipe que acompanhou o nascimento.
Ninguém apostava em um parto difícil. Como era o segundo filho todos estavam convencidos de que o parto seria bem mais rápido e tranquilo que o primeiro. Não foi.
No meio do caminho começei a me perguntar se iria para a sala de operação encarar uma cesariana. Não precisei pensar muito. Quando as três parteiras que estavam comigo perceberam que o bebê não sairia facilmente elas chamaram rapidamente o obstetra que por aqui só entra em ação quando há algum problema. A solução que ele encontrou foi o fórceps. O método que no Brasil é chamado de fórceps de alívio – usado quando o bebê está “coroando” e a dilatação é completa – é relativamente comum na França. Chloé também nasceu com a ajuda do instrumento na mesma maternidade há quatro anos.
Ou seja, uma prova de que o parto natural por aqui é levado muito a sério. Tão a sério que a cesariana é cogitada apenas em casos considerados graves que colocam em risco a vida da mãe ou do bebê e nem as temidas pinças vão resolver o problema. Mas quando somos nós e nossa família que passamos horas de angústia, de dor (mesmo com duas doses de peridural) e de medo a idéia de uma cirurgia que vai terminar com tudo em muito menos tempo é tentadora.
Para algumas amigas que não tiveram outra opção e precisaram mesmo da operação a cesariana não foi assim…um sucesso. Se o processo é bem mais rápido e menos sofrido no momento do nascimento a recuperação, todo mundo sabe, é mais complicada e exige muito mais tempo. E como disse Françoise, parteira que me deu força e coragem na hora “H”, “uma cesariana é uma cirurgia e como toda operação tem os seus riscos, além disso a paciente precisa confiar na equipe que normalmente sabe muito bem o que faz”.
Não me arrependo de ter confiado nesses profissionais. Apesar do esforço de Titã que terminou com uma episiotomia, o que importa agora é que o Théo chegou bem e eu já estou pronta (ou quase!) para recomeçar a vida com o meu novo herdeiro. E aqui entre nós, quando olhamos essa carinha linda esquecemos completamente da forma como ele chegou, não é mesmo?!

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