O castelo da Tour d’Aigues foi construído entre os séculos XI e XVI e à partir de 1550, o barão Jean-Louis-Nicolas transformou completamente o edificio com o objetivo de modernizar e embelezar a propriedade medieval. Toda a parte sul foi demolida para dar lugar a uma magnífica fachada. Ainda hoje, podemos admirar os dois pavilhões dos ângulos e o portão da entrada que se abria para uma cour d’honneur enquadrada à este e a oeste por duas alas decoradas por colunas. A parte de trás do prédio foi conservada, mas inteiramente recoberta por uma camada de “maquiagem” – assim como o donjon – para ficar em harmonia com a nova construção. As obras duraram até 1571 (data inscrita no alto do portão), ou seja, 21 anos! E eu incomodada com o fuça-fuça no jardim aqui de casa que já dura duas semanas! Voltando ao castelo: o resultado é soberbo e o prédio se torna um dos mais belos exemplos da Renascença na Provence, tão bonito, que em 1579, Catherine de Médicis passou uma temporada aqui.
O fim do século XVIII foi fatal ao castelo. Em 1780, um incêndio acidental destruiu a ala norte causando um enorme prejuízo. A obra de reconstrução não tinha terminado quando a Revolução explode. No dia 14 de setembro de 1792, um grupo de “revolucionários” atacou o edifício, o último barão Jean-Baptiste-Jérôme de Bruny não estava no local, mas o castelo foi pilhado e incendiado, queimando por cinco dias. Em ruína, ele caiu no abandono e as pedras foram usadas pelos habitantes da cidade por todo o século seguinte. Por isso, quando foi comprado pelo Conseil Général de Vaucluse em 1897, não restava muita coisa.
Durante todo o século XX o prédio recebeu cuidados, mas só em 1974 começou efetivamente a restauração. Mais de 1000m2 de salas subterrâneas foram transformadas em espaços para exposições e espetáculos. O pavilhão e o terraço foram reconstruídos e mais recentemente os três níveis do donjon e a fachada foram restaurados. Em 1985, o castelo – onde estão instalados o Musée des Faïences e o do Pays d’Aigues – foi reaberto ao público, e no verão, são realizados festivais de música lírica e bailes populares.
E se não for para ir ver uma exposição ou participar de uma festa a visita vale pela possibilidade de viajar no tempo, imaginando a decoração, as roupas dos nobres, o movimento, o corre-corre das crianças, as intrigas, os amores e se deixar levar pelo energia de tudo o que esse local viveu. Château de la Tour d’Aigues, BP 48 (a vinte minutos de Aix-en-Provence), 04 90 07 50 33.
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