Um dos maiores museus militares do mundo fica na Provence

Construído no século X para proteger a Provence dos Sarracenos, o Château de l’Empéri foi a residência do arcebisbo de Arles até o século XVIII. Um dos mais antigos fortes medievais da Provence é hoje um museu de arte e história militar, um dos maiores do mundo no gênero (o segundo maior da França depois dos Invalides, em Paris). O nome do museu é uma homenagem ao império Romano-Germânico e as suas coleções retraçam a história do exército francês, do começo do século XVIII à Primeira Guerra Mundial.

Um acervo constituído durante o século XX por dois irmãos de Marselha: Raoul e Jean Brunon. Em 1967, o Estado francês comprou as colecões de Raoul e Jean Brunon por intermédio do Musée de l’Armée de Paris. As peças são transferidas à Salon-de-Provence onde elas se tornam parte de um museu municipal antes de encontrar o seu lugar no castelo Empéri, que domina o centro da cidade. A entrada do museu se encontra na antiga capela que dá acesso à cour d’honneur.

As coleções ocupam as trinta salas renovadas do local, em uma delas uma chaminé de 1499 chama a atenção pela delicadeza e excelência do trabalho na pedra. As peças são expostas em 160 vitrines ou penduradas nos muros e teto. As coleções do Empéri possuem 10 000 objetos autênticos: armas de fogo, armas brancas individuais, canhões, capacetes, uniformes, bandeiras, emblemas, medalhas, equipamentos, objetos pessoais, etc.

A cenografia distingue sete períodos : o Antigo Regime, a Primeira Republica, o Império, a Restauração, Exército da Africa, o Segundo Império e a Primeira Guerra Mundial. O ponto alto do museu é constituído pelas salas que mostram a epopéia Napoleônica. Um dos elementos mais impressionantes são 130 manequins vestidos e paramentados, sendo quinze deles à cavalo. Os rostos foram reproduzidos de acordo com ilustrações de personagens militares célebres.