Descobrimos a Provence no inverno de 2009. Ficamos em Isle-sur-la-Sorgue. Não é assim uma cidade muito linda, mas é um bom ponto para se ficar para conhecer o Luberon.
Ela também tem a vantagem de ser próxima de Avignon, onde se chega de trem vindo do Charles de Gaule. Esse esquema dá super certo: o aeroporto em Paris tem uma estação de TGV (as passagens de TGV são mais baratas se compradas com antecedência aqui no Brasil ; e depois de dormir em Avignon (chegamos à noite), alugamos um carro para pegar a estrada para Isle.
O melhor é alugar o carro na própria estação de trem se a volta for pelo mesmo caminho, o que conselho, faça um passeio por Avignon, que é uma gracinha.
Em Isle conhecemos o “monsieur” dos queijos (maravilhosos, artesanais) que também vende ótimos vinhos; a “madame” que vende croissants e baguetes; um supermercado Casino com congelados ótimos e as coisas básicas; livraria, perfumarias, vários cafés e restaurantes. Tudo se faz à pé.
É certo que Isle lembra um pouquinho Veneza, porque tem alguns canais (com antigas rodas d’água). Em 2009, nevou muito na Provence! Mas para nós foi uma delícia! Conhecemos uma Provence diferente daquela das lavandas e vilarejos animados.
Esses, no Luberon, quando fomos, só tinham nós dois de visitantes e pareciam o cenário do filme “O Senhor dos Anéis”*. Claro que em alguns não tinha lugar aberto nem para fazer xixi e tomar um café, mas foi muito bom, de qualquer forma. Se um dia você tiver a oportunidade, aproveite para conhecer Saignon, ela não é tão divulgada como os outros vilarejos, mas é lá no alto do Luberon, e é linda demais!
Em 2011, retornanos à nossa querida Provence. Pode concluir que adoramos! Mudamos o nosso itinerário por que fiquei fascinada pelos Alpes-Marítimos e alugamos uma casa em Vence (não em Saint-Paul-de-Vence, onde achei algumas casa para alugar no vilarejo), mas Vence (um pouquinho maior). Fomos indo à princípio pelo óbvio: Charles de Gaulle-TGV para Aix, mas como decidimos tudo de última hora, optamos mesmo por pegar um vôo para Nice. Nós somos beeemmm pacatos. Gostamos de alugar uma casa em alguma cidadezinha pequena, nos acomodar e de lá fazer passeios pelo entorno assim podemos comprar queijos e vinhos nacionais – que privilégio você tem, Ana! Um queijo de cabra aqui para fazer uma deliciosa chévre-chaud custa uma barbaridade… – e fazer um jantar especial todos os dias, é um grande e privilegiadíssimo luxo.
Adoramos transferir a nossa gostosa rotina de casa para a França. Estamos na faixa dos 50 e não queremos mais tanta agitação, pelo contrário…E hotel, além de muito mais caro, é chato (pelo menos eu acho).
Desculpa ter lhe dado trabalho, mas é tão difícil conseguirmos sair daqui, que quando isso se torna possível, eu grudo na internet por dias e descubro quase tudo sobre onde queremos ir. Por isso também dei de cara com o seu site. Me desculpa por ter tomado o seu tempo e muito obrigada pelas preciosas dicas. Um abraço, D.”
Depoimento D.