A Provence é conhecida pelos campos de lavanda e pelos vinhedos, mas a paisagem bucólica não seria tão charmosa sem os castelos.
Vários se tornaram propriedade do Estado como o de Tarascon, outros se converteram em hotéis como o da Pioline, alguns viraram ruínas como o da rainha Jeanne em Ventabren, mas muitos continuam sendo privados como o de Vauvenargues que pertence à família de Picasso. Neste castelo, onde o artista viveu por dois anos, ainda encontramos intacta a sala onde ele pintava: na mesa rústica estão espalhados pincéis e potes de pintura, os diferentes e diversos cavaletes ainda procuram pela melhor luz e as manchas de tinta colorem o piso. Mas a principal marca deixada pelo mestre espanhol está no banheiro do quarto principal: um fauno pintado na parede onde fica a banheira.
Normalmente fechado, o castelo de Vauvenargues abriu as portas pela primeira vez ao público durante a exposição internacional Picasso-Cézanne (realizada no Musée Granet, praça de St-Jean de Malte em Aix-en-Provence), que terminou no dia 26 de setembro. Agora a comunidade espera ansiosa para saber o que a proprietária pretende fazer daqui para a frente com o espaço (foram necessários três anos de obras e seis milhões de euros para restaurar e adaptar o castelo às visitas).
Só podemos torcer para que iniciativa continue sendo vista com bons olhos e as portas se abram definitivamente. Acredito que esta seria uma bela homenagem à memória do artista que escolheu esta casa como a última morada: é na entrada, protegidos por uma escultura feminina, que descansam Picasso e Jacqueline. E enquanto esta decisão não é tomada podemos nos deliciar com os outros castelos das redondezas que abrem as portas para qualquer pessoa desde que ela seja apaixonada por história e beleza.
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