Do papel para a prática: veja como ficou a viagem da Sandra Mazzafera

Programei minha viagem à Provença por mais de um ano, era para ir em 2010, passagem comprada, reservas feitas e tive que prorrogar os planos pois mudei de emprego.

Finalmente as férias chegaram e consegui tirar uns dias e viajar para a Provence para realizar o sonho: ver os campos de lavanda. Vasculhei todos os sites e blogs e obtive uma consultoria importante da NA PROVENCE para descobrir onde encontraria a lavanda.

O que não sabia e que descobri estando lá é que a maioria das cidades são amuralhadas. Por serem cidades fundadas por romanos todas eram construídas dentro de muros*. Claro que todas ou a maioria cresceu fora dos muros mas todas mantiveram o seu charme provençal.

Iniciamos a viagem por Aix-en-Provence, cidade simpática, interessante. Seguimos os passos de Cézanne, o seu filho mais famoso, visitamos todas as feiras (atração importantíssima em todas as cidades que passamos).

Demos uma passada na usina da l’Occitane. Visitamos a fábrica e fizemos comprinhas com descontos. Delícia! Passamos por um observatório de astronomia perto de uma cidade muito interessante onde descobrimos em uma confeitaria um folhadinho chamado Sancristian que comemos quase todos os dias. 

Em seguida partimos para a capital da lavanda. Realmente lá pudemos ver  vários campos de lavanda de todos os tamanhos. Ficamos num B&B charmoso, cujos proprietários fazem a diferença, café da manhã com pão fresquinho, quartos aconchegantes! Andamos pelos campos de lavanda, visitamos destilarias, colhemos a flor, compramos souvenirs, toalhas de mesa e tudo mais referente a essa plantinha charmosa e cheirosa.

Até hoje nossas malas tem o perfume natural!

Lá também conhecemos o monte Ventoux que fica a quase 2000 de altura. O caminho para se chegar ao topo é diferente: um deserto de pedras com cabras pastando. Faz um frio que ninguém imagina. Aliás nunca imaginei um verão tão frio como o que pegamos. Portanto, quem for, leve uma roupinha mais pesada, pode precisar. 

Visitamos Avignon típica cidade grande que não era nosso interesse. Em Châteauneuf-du-Pape fomos barradas por Monsieur Sarkozy mas conseguimos provar alguns vinhos incluindo o mais famoso da região. O problema é poder estacionar e dar um volta…nunca tem lugar!  

Chegamos a Apt nada de interessante a não ser os doces glaceados (uma delícia!) mas era o caminho para visitarmos os lugares mais bonitos: a abadia de Sénanque (igualzinha a tantas fotos que vi), Roussillon e as suas casas vermelhas, Gordes muito charmosa com bons restaurantes, Bonnieux com o seu museu do pão (não visitei, era tarde e estava fechado). 

Queríamos também ir a Mônaco e fomos via Gorges do Verdon. Nunca dirigi numa estrada tão cheia de curvas e precipícios mas valeu a pena. Passamos por Moustiers-Sainte-Marie, cidade das faianças (caras) mas a cidade é muito interessante, fica encravada no pé das rochas. O Lago St. Croix é de um azul que nunca vi antes. O povo se divertia nadando, andando de pedalinhos, pulando das pedras….mas a água é bem fria! O Verdon é lindo mas temos que dirigir a 20 km/h ou se cai lá embaixo. Pedra de um lado, precipício do outro e estrada curva e estreita. 

Mônaco é como eu imaginava, mas não sabia que havia tanta gente rica num lugar só. Vi uma loja de venda de carros que deixava expostas mais de dez Ferraris na calçada, para quem quiser passar, subir, tirar fotos…claro que tirei as minhas! Vi carros que só sabia da existência: Aston Martin, Bentley, Audi e Mercedes nunca vistos no Brasil e os iates então, ENORMES!!! 

Para encerrar fomos ver as Calanques, falésias que contrastam com o azul marinho do mediterrâneo. Praias bonitas mas impossível de se andar, era só pedra e água gelada de novo….Entendi porque os europeus se apaixonam por nosso litoral!”

Viagem e Texto de Sandra Mazzafera, SP.

*Aqui uma pequena precisão histórica, a Provença foi fundada pelos romanos como cita Sandra. Bons exemplos de cidades que ainda têm traços intactos da presença romana por aqui são Nîmes, Arles e Orange. Mas os muros vistos por Sandra em cidades como Avignon ou a impressão de estarmos em um círculo fechado como em Gordes ou Roussillon são características da Idade Média. Nota do editor do site.

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3 Replies to “Do papel para a prática: veja como ficou a viagem da Sandra Mazzafera”

Milton Alves
31 agosto 2013
Sandra, Minha namorada e eu estamos planejando visitar a região, e o roteiro que você mostrou acima nos pareceu muito interessante. Se possível, gostaria que você me mandasse mais informações sobre a viagem, como locais de hospedagem, sugestão de aluguel de carro, estacionamento, agência de turismo local... coisas práticas que possam nos ajudar. Sim, você foi em que época do ano? grato Milton
Responder
    Anaté Merger
    1 setembro 2013
    Ola Milton, tudo bem? Essa viagem foi feita e descrita por uma das leitoras do site. Vou lhe mandar um mail explicando como trabalhamos. Um abraço!
    Responder

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