Depois de deixar o carro no estacionamento do domaine do Pey Blanc, nos arredores de Aix-en-Provence, caminho cerca de 500 metros para me encontrar com a equipe escalada nessa manhã ensolarada de sábado para a vendange.
Treze pessoas, entre elas estudantes como Arnauld e vizinhos como Valerie. O ambiente é convivial, mas o trabalho é duro. Com luvas e tesouras, eles vão enchendo os baldes de muscat.
Entre uma pergunta e outra experimento uma das uvas mais doces que provei na vida. Uma das doze variedades cultivadas pelo vinícula – merlot, carignan, etc – em 25 hectares de terra.
Gabriel Giuisano, responsável pela colheita, me explica a diferença entre a recolta feita com a máquina, normalmente em campos mais recentes e com vinhas mais altas e a manual, realizada em vinhedos mais antigos por onde a máquina não passa.
Entre os detalhes que fazem um bom vinho, a época da colheita é um dos mais importantes: “colhida muito cedo, a uva é ácida e tem pouco açúcar, tarde demais o fruto passa do ponto”. Na Provence, a vendange acontece, em média, entre o “4 de setembro e o 1° de outubro, mas isso depende do clima (que muda de um ano para o outro), por isso uma verificação cotidiana é feita assim que o os primeiros sinais de maturidade do fruto começam a aparecer.”
Os números do Pey Blanc:
- 150 mil litro de vinho por ano,
- 5% de branco, 35% de tinto e 60% de rosé,
- 100 mil garrafas,
- vinho com selo AOC (Appellation d’origine contrôlée),
Os números da Provence:
- 27 000 hectares de vinhedos classificados AOC,
- 170 milhões de garrafas fabricadas com a recolta de 2012 vão chegar às mesas da França e do exterior no ano de 2013.
4 Replies to “Vendo de perto a vendange, a colheita da uva”
31 março 2015
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