A Foire Médievale de la Quinzaine de Saint-Maximin-de-la-Sainte-Baume comemora este ano o seu 733° aniversário. Foi Charles II d’Anjou, durante a descoberta das relíquias de Maria Madalena em 1280, que decidiu criar uma festa anual, quinze dias depois da Páscoa, onde a santa seria celebrada.
Festa maior durante a Idade Média, o assunto caiu no esquecimento até que algumas associações locais tiveram a boa ideia de relançar o festival dando ênfase ao aspecto cultural e didático.
Uma biblioteca em uma “roulotte”, a única da França, que vende livros esotéricos, uma acampamento recriado nos mínimos detalhes, onde até o panelão está cozinhando alguma coisa, um desfile com templários e um espetáculo com saltimbancos e outras atrações movimentam a cidade durante um fim-de-semana.
Toda a cidade participa do cenário e encontramos espalhados pelas ruas estreitas do centro medieval: bebidas como o hidromel, doces e outras curiosidades que não vemos nos supermercados. Jóias, fantasias para pequenos e grandes e barracas que reproduzem as profissões da época mostram como trabalhavam ferreiros, cordeiros e outros profissionais, entre eles as cartomantes.
No parque, três “tavernas” servem bebidas e petiscos e uma série de jogos ficam à disposição das crianças, que podem optar por uma partida de xadrez, de “raposa e galhinha”, de damas ou de arco e flecha, enquanto os pais saboreiam um pique-nique embaixo de cerejeiras floridas.
Dentro da basílica, a festa tem outro tom. Com cantos gregorianos, velas e flores, grupos de oração encorajam as famílias a um momento de reflexão observando o crânio de Madia Madalena, que normalmente é guardado sob sete chaves na cripta onde o corpo da santa teria sido encontrado.
Para os cristão ou apenas curiosos, o festival de Saint-Maximin é uma visita obrigatória para quem passa pela Provence em abril.
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18 maio 2013
18 maio 2013