Qual é o melhor transporte em Paris?

Arrumei a mala com um jeans extra, dois twin-set (só usei um), meias quentes e peguei o iDTGV para um fim de semana em Paris. O objetivo? Testar alguns serviços de transporte.

TGV

O primeiro deles foi justamente o trem que sai de Aix-en-Provence e vai para a capital. Sempre tive a curiosidade para saber em quê o iDGV e o TGV eram diferentes e fiquei agradavelmente surpresa em descobrir que eles são o mesmo trem, que chega na mesma estação – Gare de Lyon – e que conta com a mesma precisão cirúrgica dos trens franceses no quesito horário.

Nesse caso onde estão as diferenças? No local onde você vai embarcar e desembarcar (mais longe da estação), na oferta de horários (o iDTGV tem menos opções que o TGV) e no preço. O bilhete do iDTGV é vendido apenas pela internet e por isso os valores são menores.

A conclusão? Para quem tem tempo e não se enrola com a internet a economia do iDTGV vale a pena.

Ônibus

Chegando em Paris, começaram os outros testes.

Da estação optei pelo ônibus de linha para ir até o hotel (perto dos jardins de Luxembourg). O ônibus não estava lotado e o trajeto foi feito em apenas vinte minutos e nesse tempo já pude admirar a beleza da tarde parisisense. O bilhete custou dois euros e você vai poder comprá-los diretamente com o motorista (não existem cobradores nos ônibus franceses).

Não esqueça de validar o seu bilhete em uma maquininha feita para isso, o que vai lhe garantir a tranquilidade da viagem em caso de controle. Usei o ônibus de novo no retorno para a estação de trem, aprovadíssimo.

Ônibus aberto para turistas

O ônibus para turistas foi o próximo passo.

No hotel, fui informada sobre as paradas e onde poderia pegá-lo, depois de algumas voltas – o melhor meio de transporte em Paris ainda são os pés! – subi em um deles e optei pelo bilhete conjugado do ônibus com o passeio de barco pelo Sena com duração de dois dias (45€).

A ideia é bem interessante. Você pode subir e descer do ônibus quantas vezes quiser durante o tempo comprado. Fones – que se quebram facilmente e que doem nas orelhas – explicam o trajeto.

Aprender um pouco mais sobre a história e a curiosidades de Paris é sempre uma vantagem a mais. Os textos ajudam a melhor localizar os prédios e a memorizar o circuito facilitando o passeio quando estamos de novo à pé. Quando optar pelo ônibus de turista tenha certeza de que não vai estar com pressa para ir de um lugar a outro. Os trajetos podem ser longos dependendo do circuito escolhido (são várias opções) e por isso sempre pergunte ao motorista quando ele vai chegar aproximadamente no monumento escolhido.

Metrô

Caso esteja com pressa, o metrô é a maneira mais rápida de chegar em qualquer lugar. Os bilhetes são comprados diretamente nas estações e caso fique muitos dias, e escolha esse meio de transporte, o carnet com 10 bilhetes sai mais barato. No meu caso, fiz apenas uma “viagem” usando as linhas subterrâneas (cerca de 1,60€).

Rápido com certeza, mas particularmente eu prefiro evitar os muitos sobe e desce/troca de estação para estar à luz do dia, aproveitando cada minuto do que oferece a capital.

Circuitos privados de carro

Outra opção para quem tem pressa e não quer se arriscar a se perder no emaranhado de linhas do metrô de Paris (basta você pegar a linha no sentido contrário e…!), o táxi ou serviços com motorista são os mais indicados.

Nesse caso evite os horários de pico quando o trânsito se torna infernal e pode acabar com o espírito das férias que para mim combinou muito com um transporte que foi uma agradável surpresa: o barco!

Bateaux-mouches

Usei o bilhete do barco durante toda uma manhã.

O barco – protegido do vento e do frio por janelas transparentes – segue pelo rio sem barulho, trancos, engarrafamentos e outros aborrecimentos ligados ao trânsito.

O circuito é pontuado por paradas nos maiores monumentos e o tempo entre um e outro é indicado: entre cinco e vinte e cinco minutos. O passeio pelo Sena foi uma das melhores descobertas dessa viagem, além de proporcionar uma visão diferenciada de Paris, esse meio de transporte se mostrou eficiente e lúdico. Amei!


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5 Replies to “Qual é o melhor transporte em Paris?”

paulo
21 abril 2015
Se inveja matasse...
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Marilia Boos Gomes
22 abril 2015
Prezada Anaté, bom dia! Fazia tempo que não via email do NAPROVENCE.COM em minha caixa e, neste minuto, tive essa grata surpresa. Essa experiência que você vivenciou é bastante elucidativa. Nos dois últimos anos, eu e meu fiel escudeiro e companheirão de viagens adotamos exatamente esse esquema, à excessão do batobus. Como nossa idade não nos permite mais usar metrôs com frequência devido às escadarias, optamos pelo ônibus. Usamos taxis algumas vezes e em outras, o tuc-tuc. Morria de pena dos ciclistas pelo esforço que fazem, mas..., por outro lado, se não há passageiros, não ganham dinheiro. Outros, utilizam uma lambreta. E como você bem diz, a melhor condução ainda são os pés. Cordial abraço e mais sucesso. Marilia.
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    Anaté Merger
    22 abril 2015
    Oi Marilia, tudo bem? Realmente o barco foi uma otima surpresa! Gostei muito da experiência: foi rapido, ludico e sem a confusao do trânsito. Faria de novo sem problema. Estou meio sumida porque estava finalizando o guia da Provence que vou lançar pelo Conexao Paris, este ano. Pode deixar que lhe aviso. Vamos nos falando, beijo!
    Responder
IZABEL
24 abril 2015
oI Anaté. que post providencial.estava mesmo querendo saber sobre os barcos.. é possivel entrar num barco e pedir pra parar numa Quai? ou tem diferenças entre eles, tipo uns fazem trajeto direto e outros param.. se eu quiser ir pra Torre é um e se eu quiser ir pro lado contrário é outro? qau l barco Quai vc usou, lembra?
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    Anaté Merger
    24 abril 2015
    Oi Izabel, os barcos param dentro do circuito programado, nos lugares programados, nos locais feitos para isso perto dos monumentos com mais interesse. Existem varias companhias que fazem esse transporte. Eu comprei o bilhete combinado: ônibus de turista + barco e gostei da experiência. Os barcos circulam por todo o Sena. Nao se preocupe, é simples. Um abraço!
    Responder

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