O nosso destino fica a 41Km de Aix-en-Provence, logo depois da cidade de Saint-Maximin-de-la-Sainte-Baume.
Ao longo da estrada N560, vemos pinheiros, vinhas, algumas ruínas e a tradicional floresta mediterrânea com as plantas e os arbustos carecterísticos da região.
Seguimos na direção de Nans-les-Pins pela D80, passamos pelo clube de golfe, atravessamos a cidade e continuamos até Plan d’Aups, quando começamos a subir em uma estrada sinuosa e estreita, praticamente sem barreiras de proteção e sinceramente desaconselhada aos menos experientes ao volante.
Aos 700m entramos na Sainte-Baume (1147m, o ponto mais alto da Provence), a Santa Gruta em provençal. Na bifurcação você tem duas opções: estacionar imediatamente ou seguir no sentido centro da cidade para ir em direção à Hôtellerie de la Sainte-Baume, alguns metros mais longe.
Na entrada da floresta, uma árvore morta funciona como um totem de boas-vindas. Nesse momento você pode escolher entre dois caminhos: o chemin des Roys com subida íngrime e mais longo, cinquenta minutos para chegar na gruta, ou a opção mais curta – apenas dez minutos – o chemin du Canapé que tem várias escadarias feitas na pedra e não é uma boa pedida para quem tem dificuldade de mobilidade, para quem está com um carrinho de bebê ou em cadeiras de rodas. Escolhemos o chemin des Roys (Caminho dos Reis), nome dado em consequência da peregrinação de reis e rainhas que passaram por aqui desde o século XV para orar na gruta onde, segundo a lenda provençal, Santa Maria Madalena teria vivido os últimos trinta anos de vida como eremita depois de fugir da Palestina.
Continuamos subindo e a cada metro andado nos damos conta das particuliaridades desse local, que além do clima – dentro da floresta é sempre muito mais fresco que do lado de fora e a vegetação é bem mais fechada do que a da floresta mediterrânea habitual – e das lendas, a Sainte-Baume também é uma curiosidade geológica. As camadas mais recentes estão no interior da montanha e não no exterior como acontece normalmente. Deixando as complexas questões geológicas de lado, passamos por oratórios, pela fonte dos anões, por turistas e peregrinos vestidos com roupas leves, sapatos pesados, chapéus e apoiados por bastões de caminhada.
O silêncio se instala naturalmente e a subida continua até chegarmos a uma vista excepcional. A gruta foi transformada em um local de culto, com altar, imagens e velas à disposição para quem quiser deixar um recado, um agradecimento, uma oração para a Santa.
Em um cofre transparente uma relíquia nos lembra que ela repousa hoje na basilica de Saint-Maximin-de-la-Sainte-Baume, depois que a tumba foi descoberta por Charles II. Fato histórico que nunca foi comprovado mas que recebeu as bençãos do Vaticano.
Verdade ou não a visita é mais do que um passeio é um momento para que cada um se dedique à sua crença, seja ela qual for.
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11 Replies to “A gruta de Maria Madalena na Provence”
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